James Harden nos acostumou com o absurdo e passou a ser subestimado
James Harden terminou a década de 2010 como o maior cestinha do período. Com 19578 pontos anotados entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2019, o camisa 13 do Houston Rockets superou LeBron James, o segundo colocado, por mais de 200 pontos.
Vale lembrar que James Harden não era titular até a temporada 2012/2013, sendo "apenas" sexto homem na época de Oklahoma City Thunder. O que explica o feito do Barba? A sua capacidade absurda de pontuar que fez a gente se acostumar com o absurdo.
Nesta temporada, Harden tem média de 38,2 pontos por jogo, a maior marca desde 1986/87 quando Michael Jordan atingiu 37,1 pontos por partida.
Na reta final de dezembro, o Barba teve uma sequência de 9 jogos em que fez 39,2 pontos por jogo com 52,1% de aproveitamento dos arremessos e 48,3% do perímetro e quase ninguém falou sobre isso e, principalmente, o quão absurdo é.
Passamos a tratar uma temporada de 38,2 pontos, 7,5 assistências, 46% de FG e 38% de 3PT (além de 62,4% de true shooting e 56,7% eFG) como algo normal e "não merecedora" do prêmio de jogador mais valioso da temporada.
James Harden faz coisas absurdas com tamanha constância que o absurdo virou normal e, portanto, o camisa 13 está passando a ser subestimado. Não se fala mais em nenhum feito do Barba que não seja fazer 60 pontos em uma partida.
Quem tenta diminuir os feitos de Harden cai nos mesmos papos de sempre: o de que ele cava muitas faltas, bate muitos arremessos livres e, portanto, pontua bastante por isso. Esquecem, por exemplo, que ele fez 55 pontos contra o Cleveland Cavaliers e 54 contra o Orlando Magic batendo 5 e 6 lances livres, respectivamente.
James Harden é um jogador histórico. O melhor cestinha desde Michael Jordan na NBA e alguém capaz de fazer 50 pontos em uma partida parecerem "normais" ou "irrelevantes". É preciso dar a devida importância histórica para o camisa 13 enquanto sua carreira está ativa e não só depois de sua aposentadoria.
Apreciem o maior pontuador da década. E não deixem a narrativa corromper a visão. Não subestimem James Harden. Tratem-o como o jogador histórico que ele é.
James Harden nos acostumou com o absurdo e passou a ser subestimado
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