Uma última ode a Dwyane Wade
Poucos atletas conseguem ser amados e respeitados. A equação normalmente é óbvia: existem os que amam e os que odeiam. Todos que amam, consequentemente respeitam. Os que odeiam, dificilmente. Para Wade, o oposto de ser amado nunca foi ser odiado - mas sim, ao menos, respeitado e admirado; o suficiente para um sorriso de canto de orelha.
Dentro de quadra, Wade foi de tudo. Foi garoto em 2003, foi Jordan em 2006, foi Pippen em 2012 e 2013, e foi ele mesmo durante toda sua carreira.
Também são poucos jogadores que conseguem marcar seu estilo para a eternidade. Um quadro de Van Gogh é reconhecido sem assinatura, assim como o ronco de uma Ferrari e um filme de Tarantino. A questão não é se você gosta ou não, se é bom ou ruim: é simplesmente uma marca própria.
Sem o gancho de Kareem ou o arremesso de Curry, Wade assinou uma passada única, que se vista pela sombra era identificada. Passada que mais parecia desfilar pela quadra - elegante, um lorde.
“Classudo”, assim foi no basquete e fora. Um sorriso carismático, três títulos, um MVP das finais, ima medalha de ouro em Pequim, infinitos sinais de grandeza: aceitar virar coadjuvante para ser mais vencedor, jogar por sua cidade natal, voltar para a cidade que realmente é sua casa.
Sempre autêntico, fez Dwayne virar Dwyane. Dividiu quadra com LeBron, Kobe, Duncan, Nowitzki, Durant, Shaq, Iverson, Curry, Harden... e nunca deveu nada para nenhum deles – muito pelo contrário.
Batalhou com lesões durante sua carreira, e soube se reconstruir diversas vezes para seguir sendo competitivo. Agora, dá adeus.
Sua última temporada foi literalmente uma turnê, de camisas trocadas, homenagens e grandes atuações. Com chave de ouro, ela realmente acaba nessa quarta-feira, após uma emocionante noite de terça em Miami. Às 21h, vai ao Brooklyn enfrentar os Nets na última partida de sua carreira – AO VIVO na ESPN e no WatchESPN.
Se a turnê de Wade foi sua “última dança”, a música segue tocando e seus passos serão dançados para sempre.
Um último muito obrigado: pelo que fez pelo basquete, pelo que fez além do basquete e por me apaixonar pelo jogo. Eterno.
Fonte: Pedro Suaide
Uma última ode a Dwyane Wade
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