Com só 27% de posse e 17 finalizações a menos, Milan neutraliza Napoli e vai à semi da Champions merecidamente
O Napoli foi uma das grandes sensações do futebol europeu ao longo da maior parte desta temporada, mas vive em abril o seu pior momento da campanha, o que ficou evidente na eliminação para o Milan nas quartas de final da Uefa Champions League nesta terça-feira, após empate por 1 a 1 no Estádio Diego Armando Maradona.
Tal queda não diminui o brilho de uma temporada que deverá registrar seu terceiro título da Série A na história (o primeiro em 33 anos) e seu melhor desempenho na Champions na história, ainda que fique um gosto amargo de saber que tinha condições de ir mais longe na Europa. Porém, não conseguiu isso apenas por sua queda de desempenho, e sim também pelo mérito de um Milan que se mostrou extremamente competitivo. Mais uma vez.
Os rossoneri não eram o melhor time da Itália em 2021-22 e, mesmo assim, foram campeões. Eles não estão entre os quatro melhores times na Europa e, ainda assim, vão à semifinal da Champions. Depois de atropelarem o Napoli por 4 a 0 pelo Italiano, fora de casa, em 2 de abril, o Milan voltou a vencer no San Siro na semana passada por 1 a 0 e confirmou a classificação com o empate nesta terça, que só não foi uma terceira vitória seguida porque Victor Osimhen marcou de cabeça já nos minutos derradeiros na base do abafa.
O Napoli terminou a partida no Diego Armando Maradona com 73% de posse de bola e 23 finalizações, quase o quádruplo das seis conclusões do adversário. Tais números podem sugerir que os mandantes mereciam uma sorte melhor, mas não foi bem assim. Stefano Pioli foi cirúrgico mais uma vez no embate com o Napoli, sabendo neutralizar um time que gosta de ter a posse. Os rossoneri fizeram 4 a 0 no mesmo estádio há duas semanas em uma partida em que teve 39,5% de posse de bola.
Seguro defensivamente, o Milan concedeu apenas quatro finalizações no alvo ao seu adversário nesta terça, sendo uma delas o gol de Osimhen e outra o pênalti de Khvicha Kvaratskhelia defendido por Mike Maignan. Das 23 conclusões do Napoli, nove delas acabaram bloqueadas pela defesa rival.
David Calabria fez atuações monumentais em ambos os duelos das quartas de final, vencendo de forma categórica o embate individual com Kvara, que constantemente contava com marcação dobrada. Vale ressaltar também que o atacante georgiano, uma das maiores revelações desta temporada no futebol europeu, faz um mês de abril bem abaixo do que vinha mostrando.
Além de tirar os lances de individualidade do adversário, o time visitante também fechou os espaços para uma equipe que roda a bola com qualidade, e a deixou quase que totalmente refém de levantamentos na área e a chute de fora da área, que está longe de ser uma especialidade do Napoli. Assim, mesmo com a volta do lesionado Osimhen, o Milan foi extremamente organizado defensivamente e mostrou a qualidade que tem para ser vertical, sobretudo com Rafael Leão, que fez uma jogada espetacular no gol de Olivier Giroud. O time rossonero acertou seis finalizações no alvo nos 180 minutos e marcou dois gols, enquanto o Napoli, ainda que tenha acertado a meta em dez oportunidades, só conseguiu balançar a rede a dois minutos do fim do jogo de volta.
O Napoli teve mais a bola e concluiu bem mais, mas muito por uma tentativa de abafa e um festival de bolas levantadas na área. Stefano Pioli foi superior a Luciano Spalletti na estratégia, e o Milan, sem encantar e sem estar entre os melhores times da Europa, vai merecidamente à semifinal da Champions, algo que não acontecia havia 16 anos.
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