Os acordos não podem acabar com a competição no poker!

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Neil Stoddart (PokerStars)
Christian Harder e Cliff Josephy fazendo acordo no PokerStars Championship Bahamas
Christian Harder e Cliff Josephy fazendo acordo no PokerStars Championship Bahamas

Cheguei ontem em São Paulo, depois de dez dias acompanhando de perto a primeira edição do PokerStars Championship Bahamas, onde Christian Harder e Cliff Josephy fizeram o primeiro heads-up do novo circuito de torneios.

E uma das primeiras notícias que recebo aqui em terras brasileiras é que um campeonato de poker em um clube de São Paulo terminou depois de um acordo... Entre os doze finalistas!!!

Lá em Paradise Island, os dois finalistas também redefiniram a premiação. Não gosto de acordos, mas esse eu até entendo. São grandes valores (Christian Harder ficou com US$ 429.664,00 e Cliff Josephy recebeu US$ 403.445,00), em um dos maiores torneios do planeta e os dois americanos já tiveram até um relacionamento profissional quando Josephy bancava a carreira de Harder. Acho justo!

Mas não existe justificativa para um acordo entre doze pessoas...

No torneio de São Paulo, resolveram avacalhar de vez com essa história de renegociar a premiação! Quem é um apaixonado por poker como eu deve ter ficado ofendido com essa atitude, onde os doze jogadores deram o torneio por encerrado antes de chegar na faixa de premiação, cada um recebendo R$ 1.150,00. Ou seja, basicamente transformaram um torneio regular em uma espécie de "Survivor". E, por tabela, acabaram mostrando como os acordos realmente não fazem bem ao poker.

Se é para terminar assim, porque jogaram o torneio? Será que ninguém entre os doze finalistas tinha vontade de vencer, de tirar uma foto de campeão, de levar o troféu para casa? Será que ninguém mais tem vontade de sentir a adrenalina da disputa, a tensão de um heads-up? Você já parou para pensar se isso acontecesse em outro esporte, como futebol, tênis, vôlei ou basquete?

"Assim como você, sou contra o acordo", disse Victor Marques, editor e apresentador do portal SuperPoker. "Nos torneios de clube, talvez a gente deva ter uma tolerância um pouco maior do que em grandes eventos. Mas a gente não está acostumado a ver acordos envolvendo tantas pessoas (quase 20% do field) e que renunciam tanto a combatividade do jogo".

O que aconteceu no Stars Club Poker é nocivo para o desenvolvimento do esporte. Jogadores, diretores de torneio e clubes de poker tem que parar e avaliar se vale a pena apoiar esse tipo de absurdo. Afinal de contas a luta para legitimizar o poker não pode ser jogada no lixo!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "In The Passing Light Of Day", Pain Of Salvation
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PokerStars Championship Bahamas vai abrir a temporada do poker em grande estilo

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação PokerStars
PokerStars Championship Bahamas
PokerStars Championship Bahamas

Depois de treze anos inesquecíveis de sol, praia e premiações milionárias, o PokerStars Caribbean Adventure (PCA) vai evoluir e se tornar algo ainda maior, que está destinado a ser o maior circuito global de torneios de poker.

A estreia do PokerStars Championship Bahamas, que acontece entre 6 e 14 de janeiro no Atlantis Resort (Nassau), vai reunir milhares de jogadores de todo mundo em busca da glória e de prêmios de sete dígitos. Para essa etapa inaugural, mais de 270 qualificados online já tem a vaga garantida, incluindo 135 jogadores (com 7 brasileiros) que conquistaram um pacote de US$ 10.565,00 nos torneios Spin & Go do PokerStars.

Além deles, alguns nomes conhecidos do circuito mundial já tem presença confirmada, como os Team PokerStars Pro André Akkari, Felipe Mojave, Daniel Negreanu, Jason Somerville, Vanessa Selbst, Jason Mercier, Liv Boeree, Fatima Moreira De Melo, Bertrand 'ElkY' Grospellier, Chris Moneymaker, Celina Lin, Barry Greenstein, Victor Ramdin e Jake Cody.

"Nosso objetivo é organizar um evento que possa ser aproveitado por todo tipo de jogadores, dos maiores 'High Rollers' do mundo aos jogadores recreativos que talvez nunca tenham jogado um evento ao vivo anteriormente", disse Edgar Stuchly, diretor de eventos ao vivo do PokerStars. "Com mais de 90 torneios na programação, a fórmula adotada esse ano é de oferecer algo para todos, seja dentro ou fora das mesas".

Entre os destaques da grade de torneios estão disputas de buy-in elevado como o Evento #01 (US$ 100.000 Super High Roller), o Evento #35 (US$ 50.000 Reentrada Única) e o Evento #66 (US$ 25.750 High Roller, e torneios mais acessíveis como o Evento #47 (US$ 220 PokerStars Open) e o Evento #67 (US$ 440 PokerStars Cup), isso sem falar no Main Event (US$ 5.300 No Limit Hold'em), que vai ser gravado e será transmitido pela ESPN durante o ano.

Outras atividades também estão programadas, como as festas para acompanhar os playoffs da NFL (com direito a muita comida e bebida), os cafés da manhã com perguntas e respostas com a participação dos Pros, estações de jogos de realidade virtual e muito mais.

Eu vou fazer a cobertura dos principais eventos a partir do dia 6 de janeiro, direto do Atlantis, com foco no desempenho dos jogadores brasileiros. Fique de olho aqui no blog para acompanhar tudo que vai acontecer na estreia do PokerStars Championship Bahamas.

 

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No 'Desafio dos Atletas', poker mostra que é fascinante e inclusivo

Sergio Prado
Sergio Prado, blogueiro do ESPN.com.br
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Maurren Maggi conquistou o torneio
Maurren Maggi conquistou o torneio

Essa não é a primeira vez que um acontecimento no mundo do poker me deixa com os olhos marejados. Mas ontem não fui o único a ficar emocionado no Golden Hall do WTC Sheraton... Com a presença de atletas olímpicos e paralímpicos nas mesas, aconteceu a primeira edição do "Desafio dos Atletas" no BSOP Millions. E aqueles que gostam do poker ficaram orgulhosos por mostrar que nas mesas não existe distinção ou limitação entre os competidores.

Deficientes visuais como Mizael Conrado e Sandro Rodrigues (medalhistas no Futebol de 5) puderam disputar o torneio graças ao baralho especial em Braile, desenvolvido de forma pioneira para o torneio. E deficientes motores mostraram que precisam apenas do cérebro para ter um bom desempenho no esporte da mente.

Entre os presentes estavam Maurren Maggi (atletismo), Rodrigão e Fofão (vôlei), Felipe Claro e Arthur Bergo (rugby), Bianca Rodrigues (hipismo), Israel Stroh (tênis de mesa), Yohansson Nascimento (para-atletismo), Verônica Hipólito (para-atletismo) e Renato Leite (vôlei sentado). Representando a comunidade do poker estava Vinicius Silva, que nasceu com paralisia cerebral e compete profissionalmente nos eventos ao redor do mundo há mais de seis anos.

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Rodrigão esteve presente no evento
Rodrigão esteve presente no evento

"Diferente de qualquer outro esporte no mundo, não precisamos ter um para-poker. Aqui, nas nossas mesas, todos os competidores são iguais e nenhum tipo de deficiência limita o jogador durante os torneios", disse Igor "Federal" Trafane, presidente da CBTH (Confederação Brasileira de Texas Hold'em). "E nesta noite estamos provando isso, colocando essas grandes estrelas para jogar em um mesmo ambiente".

A vitória no torneio ficou com Maurren Maggi, maior atleta da história do atletismo brasileiro e jogadora experiente no poker.

"A iniciativa do torneio foi perfeita e abracei a causa assim que recebi o convite", disse ela. "O jogo foi duro, porque atleta tem um poder de concentração impressionante, mas gostei demais. E dessa vez consegui, enfim, cravar um torneio do BSOP, já que estou sempre participando dos eventos, mas nunca tinha chegado ao título".

Depois de bater Yohansson do Nascimento no heads-up, ela recebeu um pacote completo para uma das etapas do campeonato brasileiro de poker na próxima temporada. Verônica Hipólito, que aprendeu a jogar poker duas semanas atrás, ficou com a terceira colocação.

Mas na verdade, quem ganhou mesmo com essa celebração do esporte foi a comunidade do poker, que pode se emocionar orgulhosa das qualidades e características fascinantes do nosso jogo.

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Jogadores, ídolo do Palmeiras, técnico, tenista e chef: veja quem passou por evento de poker em São Paulo

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação
Poker 1
Vitor Hugo, Ademir da Guia, Igor Federal e Moises marcaram presença no evento

O Desafio das Estrelas já virou tradição no BSOP Millions. A festa com convidados ilustres marca a abertura do maior festival de poker da América Latina, colocando nas mesas nomes do esporte, das artes e da política.

Entre os participantes dessa edição, nomes como Moisés e Vitor Hugo (jogadores do Palmeiras), Virna Dias (medalhista olímpica com a seleção feminina de vôlei), Denilson (ex-jogador de futebol), Henrique Fogaça (chef de cozinha), Ademir da Guia (ídolo do Palmeiras) e Lucília Diniz (socialite) fizeram sua estreia no torneio.

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Poker 2
Tenista brasileiro Bruno Soares também participou

Além deles também marcaram presença Bruno Soares (tenista número 1 do mundo nas duplas), Vanderlei Luxemburgo (técnico de futebol), Rodrigão (medalhista olímpico com a seleção masculina de vôlei), Hugo Pena (cantor sertanejo), Maurren Maggi (medalhista olímpica no atletismo), Paulo Rink (ex-jogador de futebol), Nelo Rodolfo (vereador), João Pica Seca (Youtuber), Fábio Freitas (publicitário), Chico Buonerba (empresário), Theo Lima (Twitter), Victor Marques (SuperPoker) e os profissionais de poker André Akkari (Team PokerStars), João Bauer e Fernando Groww.

"Eu cheguei aqui sem saber quase nada do poker", disse Ademir da Guia. "Eu até estou tendo umas aulinhas, mas jogar ao vivo é completamente diferente. Eu gostei muito de participar e quero aprender mais sobre como melhorar meu jogo".

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Poker 4
Técnico Vanderlei Luxemburgo costuma jogar poker

"Eu comecei a jogar poker nesse ano e agora venho em uma crescente", disse o pentacampeão mundial Denílson. "Claro que eu preciso aprender muito ainda, mas o que tenho que ficar bom mesmo é em ler o jogo e o adversário, já que nem sempre a melhor mão de cartas vence".

"Hoje eu vim aqui brincar e me reunir com o pessoal", comentou o técnico Vanderlei Luxemburgo. "Nos próximos dias vou jogar outros torneios e tentar conquistar algum troféu".

"Foi muito bom participar do torneio hoje. Eu já jogava poker antes, mas vim aqui hoje para relembrar o esporte. Consegui ir bem em umas duas ou três mãos, mas acabei caindo antes do fim. O importante foi perceber como trabalhamos a mente nessa modalidade para poder ganhar as fichas do adversário", comentou Henrique Fogaça.

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Poker 3
Pentacampeão Denílson (à esq.) com o ídolo palmeirense Ademir da Guia

O campeão da disputa acabou sendo Caio Almeida (gerente de marketing da El Jimador), que bateu Bruno Soares no heads-up. Com a vitória, ele recebeu um pacote completo para Punta del Este para disputar a abertura da temporada 2017 da Brazilian Series Of Poker. E todos os nove finalistas, incluindo os palmeirenses Vitor Hugo e Moises, receberam entrada para o Main Event do BSOP Millions, que começa nessa sexta-feira (25 de novembro) no Sheraton WTC em São Paulo.

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Mesmo 'aposentado', Fedor Holz quebra recorde no Global Poker Index

Sergio Prado
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Danny Maxwell (PokerNews)
Fedor Holz
Fedor Holz

Em julho, publiquei um post aqui no blog falando sobre a "aposentadoria" de Fedor Holz, que você pode ler clicando AQUI.

Mesmo disputando menos torneios, Holz conseguiu conquistas expressivas depois da World Series Of Poker, como a primeira colocação no Super High Roller do EPT Barcelona (€ 1.300.300,00) e o quarto lugar no Super High Roller do Aria Las Vegas (299.880,00).

Com esses resultados, o alemão conseguiu outro feito impressionante em sua carreira. Na última atualização semanal do ranking mundial do Global Poker Index, Holz aparece pela 23ª semana consecutiva na primeira colocação, superando a marca anterior de Steve O'Dwyer (21 semanas), uma marca espetacular! 

Holz também é o único jogador não americano entre os 14 melhores colocados no ranking, mostrando que realmente é diferenciado.

No post que escrevi sobre a aposentadoria, falei que Holz iria continuar disputando somente os grandes torneios, reduzindo bastante sua carga horária de trabalho. Parece que a tática deu certo, não é mesmo? Abandonar o grind diário deu tranquilidade para ele focar apenas nos resultados que realmente interessam, mantendo o alemão no merecido posto de "melhor jogador do mundo" na atualidade.

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "The Madness Of Many", Animal As Leaders
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Meus livros de poker preferidos

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Arquivo Pessoal
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Muitas vezes me perguntam sobre livros de poker, com os novatos no jogo querendo saber qual é o "melhor". Sempre indico alguns livros técnicos voltados para quem está começando e quer aprender mais sobre o jogo... Mas quais são os meus livros preferidos? Aqueles que ensinam teoria são em geral bem parecidos, seguindo um esquema padrão. Mas existem verdadeiras pérolas sobre o universo do poker, e vou destacar os melhores da minha coleção:

"The Professor, The Banker And The Suicide King", de Michael Craig

O relato fantástico do confronto entre os melhores jogadores de poker do mundo contra um banqueiro alucinado, que utilizou a pressão do dinheiro para colocar estrelas como Doyle Brunson, Chip Reese, Jennifer Harman, Phil Ivey, Ted Forrest, Howard Lederer e Barry Greenstein na parede. Craig conta detalhes fascinantes dos embates que chegaram a ter blinds na casa dos US$ 50.000 / US$ 100.000, com extrema riqueza de detalhes. Foi o primeiro livro que li sobre poker, e até hoje é o meu preferido...

"Todas As Mãos Reveladas", de Gus Hansen

Ideia genial de um dos maiores profissionais do mundo: descrever todas as mãos de um torneio, do início até a conquista do título. Graças a sua extrema habilidade, Hansen conseguiu completar a tarefa e fazer o relato de sua vitória no Aussie Millions de 2007, onde derrotou 747 jogadores e recebeu US$ 1.200.000 em premiação. Como relata mãos, o livro pode parecer técnico e enfadonho, mas consegue se diferenciar graças a abordagem completamente inovadora e criativa.

"Positively Fifth Street", de James McManus

Um jornalista recebe a incumbência de fazer uma matéria sobre a World Series Of Poker 2000 para a revista Harpers. Até aí, normal. Mas McManus pegou o dinheiro que receberia pela matéria e se inscreveu no maior torneio de poker do mundo, conseguindo chegar até a mesa final. Jornalismo "gonzo" na essência, o livro tem histórias incríveis da época de ouro do poker em Las Vegas.

"Lost Vegas", de Paul "Dr. Pauly" McGuire

"Dr. Pauly" é um dos maiores nomes do jornalismo especializado sobre o esporte, cobrindo a World Series Of Poker desde 2005. Com uma narrativa direta e que em nenhum momento tentar maquiar o lado mais obscuro de Las Vegas, o autor consegue contar os bastidores das coberturas jornalísticas de torneios de poker de uma maneira divertida e inteligente, principalmente para que conhece os personagens envolvidos.

"Ace On The River", de Barry Greenstein (Last Knight Publishing)

Praticamente um guia sobre a carreira do jogador profissional de poker, "Ace On The River" é um relato honesto e direto sobre as ideias e pensamentos de um dos maiores ícones do jogo em todos os tempos. Da psicologia do jogo até a relação com a família e a sexualidade, Greenstein consegue encantar veteranos e novatos nesse universo fascinante. Isso sem contar as fotos incríveis, que retratam perfeitamente o poker no início da década passada.

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Frank Zappa Meets The Mothers Of Psrevention", Frank Zappa
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Favoritos e zebras, quem é quem na decisão da World Series Of Poker

Sergio Prado
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Divulgação WSOP
Jerry Wong, Griffin Benger, Vojtech Ruzicka, Fernando Pons, Qui Nguyen, Cliff Josephy, Michael Ruane, Gordon Vayo e Kenny Haellart
Jerry Wong, Griffin Benger, Vojtech Ruzicka, Fernando Pons, Qui Nguyen, Cliff Josephy, Michael Ruane, Gordon Vayo e Kenny Haellart

Dentro de algumas horas, os nove finalistas do evento principal da World Series Of Poker vão começar a decisão do maior torneio de poker do mundo, para definir o novo campeão mundial. E quem são os favoritos e zebras nessa disputa pelo bracelete?

Jerry Wong (EUA) - 10.175.000 fichas / Posição 1
Jogador profissional de 34 anos, o americano Wong mostrou que é um dos jogadores mais corajosos do November Nine. Pena que tem uma pilha de fichas muito pequena para pressionar os oponentes. Mas se conseguir dobrar logo no início, pode ser perigoso...

Griffin Benger (Canadá) - 26.175.000 fichas / Posição 2
Com quase dois milhões e meio de dólares em premiações na carreira, o canadense é um dos mais experientes na mesa. Acostumado com decisões, seja no poker ou no Counter Strike (onde já foi campeão mundial), é uma das minhas apostas para ficar entre os três primeiros.

Vojtech Ruzicka (República Checa) - 27.300.000 fichas / Posição 3
A maior incógnita dessa mesa final... O checo já conseguiu vitórias importantes na carreira, como o evento High Roller do EPT Deauville em 2013, mas não se mostrou muito confiante para buscar o bracelete. Pode surpreender, mas está no pelotão intermediário.

Fernando Pons (Espanha) - 6.150.000 fichas / Posição 4
Se o espanhol conseguir o título, vai se tornar a maior zebra da história da World Series Of Poker! Depois de ter escapado da eliminação por duas vezes, abusando da sorte após achar dois outs nas duas ocasiões, o amador mostrou que não tem a categoria necessária nem para estar entre os finalistas. Com certeza, não será o novo Martin Jacobson, que foi de short stack a campeão.

Qui Nguyen (EUA) - 67.925.000 fichas / Posição 5
Tem um stack gigantesco. E só! Jogador de cassino, não tem nenhuma premiação importante na carreira e no caminho para a mesa final mostrou várias vezes que sua única arma na disputa é a coragem. Deve perder suas fichas logo no início da disputa, se não conseguir ajustar o "timing" de sua agressividade.

Cliff Josephy (EUA) - 74.600.000 fichas / Posição 6
Dono do maior stack, único jogador que possui braceletes (dois) entre os finalistas. Experiente, foi considerado o melhor jogador de poker online em 2006, quando ficou mais de quinhentas semanas na primeira colocação do principal ranking do mundo. Será que preciso dizer que Cliff "JohnnyBax" Josephy é o favorito disparado para ser o novo campeão do mundo?

Michael Ruane (EUA) - 31.600.000 fichas / Posição 7
Outra grande surpresa entre os finalistas. O próprio Ruane parecia não acreditar que poderia chegar tão longe! Bom jogador, tem como principal inimigo sua inexperiência e o nervosismo que já demonstrou em oportunidades anteriores.

Gordon Vayo (EUA) - 49.375.000 fichas / Posição 8
Experiente, Vayo ganhou muitas fichas na reta final do Dia 7 e tem um bom stack para desenvolver seu jogo. Mas deve acabar mesmo ficando em uma posição intermediária, graças a um poker bem mais previsível e cauteloso que o de seus adversários.

Kenny Hallaert (Bélgica) - 43.325.000 fichas / Posição 9
Tem sucesso dentro e fora das mesas, onde também atua como diretor de torneios. Piltoando um bom stack, deve completar o pódio. E nesse November Nine, é o jogador que tem mais chances de tirar o título do favorito Cliff Josephy.

A disputa recomeça no Nível 35 (Blinds 250.000 / 500.000, com antes de 75.000).

Veja abaixo os horários de transmissão, com a narração e comentários de Ari Aguiar, comentários de Sérgio Prado e a participação especial dos convidados Rafael "GMValter" Moraes e Victor "Headão" Begara:

ESPN+ - Madrugada de Domingo para Segunda (31/10) a partir de 01:30 (transmissão em Inglês / até restarem 4 jogadores)
ESPN+ - Segunda (31/10) a partir de 22:00 (transmissão em Português / até restarem 2 jogadores)
ESPN+ - Terça (01/11) a partir de 23:00 (transmissão em Português)

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Country For Old Men", John Scofield
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O comportamento de Will Kassouf nas mesas é bom ou ruim para o poker?

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Jogador provoca adversário, e clima esquenta na World Series of Poker

Agora que todos os 14 episódios preliminares do Main Event da World Series Of Poker já foram exibidos aqui no Brasil pela ESPN, chegou a hora de discutir a participação polêmica de Will Kassouf no principal torneio do mundo...

O inglês foi, sem dúvida, o grande destaque dessa primeira parte do Main Event. E acho que o novo campeão mundial não vai ser tão lembrado quanto a conduta de Kassouf nas mesas. O jovem advogado é um falastrão, e usa sua habilidade com as palavras para tentar extrair informação dos adversários. Eu já afirmei algumas vezes aqui que sou a favor disso, acho que as falinhas fazem parte do poker! Mas o problema é que existe uma linha tênue que separa a informação da conduta anti-ética...

Essa linha é praticamente impossível de ser traçada com exatidão, é totalmente subjetiva. Depende de interpretação e não pode ser definida com precisão nas regras. Mas uma coisa é certa: ela foi ultrapassada por Kassouf várias vezes!

Arquivo ESPN
Will Kassouf
Will Kassouf, o homem da discórdia

Claro, a conduta dele é ótima para o show e para a televisão. Kassouf é um espetáculo a parte, criou expressões divertidas ("Nine high like a boss") e mostrou inteligência por saber tirar proveito disso. Vou confessar que até me diverti com ele em muitos momentos, e apesar do abuso na verbalidade esse não foi seu principal erro... Eu gosto da ideia de deixar o poker mais divertido!

O maior erro de Kassouf foi abusar do tempo em todas as suas tomadas de decisão. Isso é anti-ético nas mesas e com certeza deve ser punido! Em um esporte mental, é óbvio que você deve pensar. Mas existem decisões que são praticamente instantâneas e ele demorava pelo menos três minutos em cada uma delas. Isso prejudica o andamento do jogo e os jogadores.

Kassouf é um vilão? De forma alguma! Ele sempre foi educado nos momentos em que foi repreendido e em nenhum momento foi explicitamente agressivo. Ele é um grande jogador, um personagem que merece os holofotes. Só precisa dosar a frequência de suas ações na hora de lidar diretamente com os adversários e não abusar do relógio!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Act V: Hymns with the Devil in Confessional", The Dear Hunter
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Poker: entenda a diferença entre 'contar uma parada' e 'debater uma mão'

Sergio Prado
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Neil Stoddart (PokerStars)
Ronaldo no PCA 2016, ouvindo as bad beats dos adversários
"Ronaldo, você não sabe... Eu tinha A-A e o cara estava com 7-2 off"...

"Contar uma parada" é uma das coisas mais comuns nos intervalos dos torneios de poker. E também uma das coisas mais chatas que você pode fazer, torturando seus ouvintes com bad beats... "Debater uma mão" é fundamental para o crescimento do jogador, que troca experiências com os adversários e amigos em busca da evolução e do conhecimento.

Duas atividades muito parecidas em sua essência, que confundem a maioria dos jogadores de poker. Mas elas tem diferenças fundamentais. E a principal delas está na pontuação!

Exatamente, meus amigos... É no sinal de pontuação no final da frase que você pode diferenciar claramente uma simples "parada" de uma discussão de mãos. Veja os exemplos abaixo para entender melhor:

"Você não acredita, eu tinha K-K no botão e fiz um 3-bet no cara do cutoff. Ele pagou com J-T e o flop veio K-2-7 rainbow! O infeliz pagou meu C-bet e no turn veio uma Q! Aí, meu amigo, eu já fiquei só vendo!!! E pronto, um 9 no river e meu torneio foi pro espaço!!! Vontade de matar um parceiro que faz isso!!!".

"Eu estava com K-K no botão, e fiz um 3-bet depois do mini-raise do cara no cutoff, que tinha pouco mais de 15 big blinds. Trinquei no flop, ele deu check e eu apostei metade do pote. Você acha bom? Devia ter apostado mais? Depois que uma Q veio no turn, deveria ter dado check depois dele ter pedido mesa? Com o 9 no river, faz sentido eu pagar o all-in dele?".

Sentiu a diferença? O abuso nos pontos de exclamação no primeiro exemplo serve apenas para reforçar a pequena tragédia do nosso "heroi"... Não gera reflexão, não cria questionamento. Sendo contada dessa forma, a jogada é igual a outras milhares que acontecem diariamente na vida de um jogador de poker. E claro, para quem está ouvindo é uma tortura!!!

No segundo exemplo, os pontos de interrogação mostram que o jogador não está focado no desfecho da mão. Ele quer saber como pode tirar proveito dessa situação, quer ouvir a opinião de outros jogadores para saber como melhorar o seu raciocínio. E isso gera uma troca, uma evolução.

Espero que você lembre desse post no próximo torneio que participar, para não fazer feio contando "parada" nos intervalos!!! Os ouvidos de seus colegas agradecem...

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Dissociation", Dillinger Escape Plan
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Vai começar a exibição dos programas da World Series Of Poker nos canais ESPN!

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação WSOP
World Series Of Poker
World Series Of Poker

Chegou a hora que os fãs de poker estavam esperando... Nessa semana, estreiam os programas editados com o melhor do Main Event da World Series Of Poker 2016!

Ao todo serão 26 programas de 90' ou 60' de duração, exibidos nas semanas que antecedem o November Nine, a grande final que acontece entre 30 de outubro e 1º de novembro, e que como sempre vai ter transmissão ao vivo nos canais ESPN.

Os dois primeiros episódios vão ao ar nessa QUINTA-FEIRA (06 de outubro) na ESPN a partir da meia-noite. Para evitar confusão e deixar claro: é na virada da quarta-feira para quinta-feira, tá? E no sábado tem uma maratona de poker, com um episódio do EPT Monte Carlo e dois episódios inéditos da WSOP na sequência, a partir de 21:00 na ESPN. Tudo com a narração do ídolo Ari Aguiar e os meus comentários.

Nos primeiros programas da World Series Of Poker temos a presença de nomes como Ryan Riess, Greg Raymer, Shaun Deeb e James Obst! Dois campeões mundiais e dois dos melhores jogadores do mundo na atualidade... Não dá para perder!!!

WORLD SERIES OF POKER 2016
PGMS 01 e 02
QUINTA-FEIRA (06 de outubro)
00:00 na ESPN

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Sorceress", Opeth
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Quem devem ser os dois novos integrantes do Hall da Fama do Poker?

Sergio Prado
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Divulgação WSOP
Pescatori, Bjorin, Brenes, Elezra, Moneymaker, Ulliot, Savage, Brunson, Fitoussi e Mortensen
Pescatori, Bjorin, Brenes, Elezra, Moneymaker, Ulliot, Savage, Brunson, Fitoussi e Mortensen

A World Series Of Poker anunciou no final de semana os dez nomes de indicados para entrar no Hall da Fama do Poker agora em 2016. Eles foram escolhidos por um processo público de votação que respeita alguns critérios (jogador deve ter jogado poker contra os melhores competidores, ter no mínimo 40 anos, jogado por valores altos, jogado bem consistentemente ganhando respeito dos colegas, passado pelo teste do tempo e, para não jogadores, ter contribuído para o crescimento do poker). A cerimônia que vai revelar os dois nomes escolhidos acontece em 26 de outubro e os novos integrantes serão homenageados durante a disputa do November Nine, que vai ter transmissão ao vivo pelos canais ESPN a partir de 30 de outubro.

E quem serão os dois escolhidos? Acho que esse ano a escolha não vai surpreender ninguém... Veja a minha opininão sobre cada um dos indicados abaixo, pela ordem da foto acima:

Max Pescatori: talvez a figura mais importante do poker italiano, mas sem muita representatividade no cenário internacional... 

Chris Bjorin: o sueco tem uma imagem semelhante a de Pescatori, com influência apenas regional. Seus números impressionam, mas ainda não vai ser dessa vez que ele vai pro Hall da Fama.

Humberto Brenes: se eu votasse, seria um dos meus escolhidos. Um mito para o poker na América Latina e símbolo do início do poker televisionado, ele também tem números incríveis na WSOP. Mas vai bater na trave novamente, infelizmente!

Eli Elezra: monstro dos Cash Games, dono de três braceletes da WSOP e um título no WPT. Com um currículo desses, é nome certo no Hall da Fama! Mas não esse ano...

Chris Moneymaker: junto com Daniel Negreanu (eleito em 2014) e Phil Ivey (que vai poder ser escolhido a partir do ano que vem) é uma das maiores barbadas na escolha do Hall da Fama em anos recentes. Vai entrar em seu primeiro ano como candidato, sem dúvida nenhuma. E claro, de forma merecida!

Dave "Devilfish" Ulliot: polêmico, Devilfish sempre atraiu a atenção da mídia. Sua morte recente vai influenciar na escolha dos jurados e ele vai ser indicado nesse ano...

Matt Savage: quem trabalha nos bastidores do poker sabe da importância dele para o desenvolvimento do esporte. Mas, a tendência é optar por colocar os jogadores primeiro no Hall da Fama, então ele fica para uma próxima vez...

Todd Brunson: ele não é "só" o filho de Doyle Brunson. Tem uma carreira própria e cheia de conquistas, mas só vai ficar ao lado do pai no Hall da Fama daqui algum tempo.

Bruno Fitoussi: outro europeu que tem influência regional. Mas o francês também vai ter que esperar.

Carlos Mortensen: o outro campeão mundial da lista de 2016, tem tudo para entrar em anos futuros, graças ao currículo brilhante nas mesas.

Conclusão: vai ser muito difícil não ouvir os nomes de Chris Moneymaker e Dave "Devilfish" Ulliot na cerimônia do dia 26 de outubro. Meus votos seriam para Moneymaker e Brenes, mas não dá para reclamar muito se a escolha for mesmo essa que eu apontei aqui!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Travels", Pat Metheny Group
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Quem devem ser os dois novos integrantes do Hall da Fama do Poker?

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Nas mesas de poker, eu quero ser 'João'...

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Carlos Monti (PokerStars)
João Simão e João Mathias Baumgarten
João Simão e João Mathias Baumgarten

O World Championship Of Online Poker (WCOOP) está começando hoje no PokerStars, e lembrei de um texto antigo que escrevi aqui no blog. Em 2010, falei que queria me chamar "João", depois que os dois braceletes de campeão mundial do poker online naquele ano foram conquistados por João Simão (Evento #10: US$ 215 NL Hold'em Heads-Up) e João Bauer (Evento #3: US$ 200 NL Hold'em)...

Seis anos depois, continuo querendo ser "João"!!!

Na última atualização do Ranking PocketFives, o mais respeitado ranking do poker online mundial, temos dois brasileiros entre os quatro melhores: João Mathias Baumgarten (segundo colocado com 7.184,48 pontos) e João Simão (quarto colocado com 6.908,33 pontos). Isso sem falar que o atual campeão brasileiro é o goiano João Bauer...

Nosso país fez bonito nas últimas edições do Spring Championship Of Online Poker e no MicroMillions, e conseguiu números expressivos na última edição da World Series Of Poker. Anos atrás conseguimos um lugar entre as grandes potências no poker mundial e estamos mantendo esse espaço com categoria!

O Brasil evoluiu demais no poker. E os nossos "Joões" (é assim que se escreve?) continuam provando isso nas mesas, sejam elas online ou ao vivo. Temos que ter um orgulho enorme deles, e também dos nossos "Franciscos", "Josés", "Andrés", "Felipes", "Thiagos"... Temos que ter orgulho do poker brasileiro!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "It's Hard", The Bad Plus
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De fã a campeão, jovem polonês Sebastian Malec protagonizou a imagem da semana no poker

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Neil Stoddart (PokerStars)
Sebastian Malec
Sebastian Malec

Sebastian Malec é um jovem polonês de 21 anos, extremamente inquieto nas mesas... Quando criança, costumava jogar xadrez profissionalmente, mas trocou as peças pelas fichas quando seu treinador viajou para Las Vegas em 2010 para disputar a World Series Of Poker. Ele se apaixonou pelo esporte, principalmente pelo European Poker Tour, acompanhando as coberturas e transmissões dos torneios por horas a fio.

Quando estudava na Universidade de Warwick (Reino Unido), ele aproveitou a curta viagem de apenas duas horas para conhecer e acompanhar de perto o EPT Londres na Temporada 11. Lá teve a oportunidade de conhecer alguns de seus ídolos, como Jason Mercier (Team PokerStars Pro) e seu conterrâneo Dominik Panka, campeões no circuito europeu. E ontem conseguiu se igualar a eles...

Depois de ganhar sua vaga em um qualificatório online gastando apenas € 27, Sebastian Malec se tornou campeão do EPT Barcelona, batendo um field de 1.785 jogadores que tinha alguns dos maiores profissionais do planeta.

Nas mesas, a postura de Malec não passou despercebida. Inquieto e agitado, na última mão da disputa ele chegou a sentar na plateia enquanto aguardava a decisão do alemão Uri Reichenstein. O que poderia ser interpretado como arrogância pelo público acabou se transformando em simpatia. E quando Malec foi confirmado campeão, depois que seu flush bateu a sequência do adversário, ele protagonizou uma cena que vai ficar marcada na história do poker.

Malec chorou...

Depois de dias controlando a tensão e tentando se manter forte como os ídolos, o jovem polonês enfim mostrou sua emoção. Malec se afastou do palco principal e chorou sozinho, tapando o rosto na tentativa de esconder as lágrimas como se estivesse envergonhado do próprio feito. 

Engano. Ele poderia ter chorado abertamente, porque o público era todo dele... O novo heroi passou de fã a campeão na frente das câmeras do European Poker Tour, que mostraram imagens semelhantes as que ele acompanhou por anos.

Malec foi receber o prêmio ainda em prantos, acompanhado dos amigos. E a imagem, junto com toda a história do garoto, é sensacional! Esqueça o prêmio de € 1.122.800,00. Naquele momento, o que importava era ter transformado o sonho em um troféu...

"Significa tudo para mim", disse Malec. "É muito bom, bom de verdade. Claro que o dinheiro é incrível, mas no final das contas o que vale mesmo é o troféu".

Palavras sábias do campeão, que aprendeu o significado das conquistas da melhor maneira possível: sonhando com a glória e conseguindo o título.

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "The Death Defying Unicorn", Motorpsycho
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O futuro de Michael Phelps está nas mesas de poker

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Joe Giron
Michael Phelps
Michael Phelps durante o PokerStars Caribbean Adventure 2013

Michael Phelps encerrou sua carreira como o maior atleta da história dos Jogos Olímpicos, com 28 medalhas, sendo 23 de ouro. E uma de suas principais características é o espírito competitivo extremo, a vontade de sempre superar limites.

Agora aposentado, como Phelps vai manter acesa a chama da competição? A resposta é simples: nas mesas de poker!

Essa semana participei de um torneio de poker beneficente na casa do craque Ronaldo no Rio de Janeiro. Acabei ficando na segunda colocação, perdendo apenas para o jogador profissional americano Jeff Gross, que é um dos maiores amigos de Michael Phelps. Quando restavam apenas cinco jogadores na disputa, André Akkari perguntou para Gross se Phelps realmente gostava de poker. "Ele é mais apaixonado pelo jogo que eu e você juntos", foi a resposta imediata dele. "Ele tem muito talento, estuda o poker sempre que pode e tem tudo para ser um dos melhores jogadores do mundo".

Depois que o torneio acabou, Gross veio me cumprimentar e revelou que Phelps deve participar cada vez mais dos eventos do circuito profissional nos próximos meses, algo que ele chegou a fazer quando aposentou pela primeira vez em 2012. 

Quando conheci Michael Phelps durante o PokerStars Caribbean Adventure 2013, vi que ele era mesmo apaixonado pelo universo do esporte da mente. Para mim não vai ser surpresa se ele assinar algum contrato de patrocínio para tentar uma carreira profissional nas mesas. E com o espírito competitivo e a vontade de superação que ele tem, acho que os resultados no poker também vão aparecer em breve...

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Stranger Heads Prevail", Thank You Scientist
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Será que a 'época de ouro' do poker está de volta aos High Stakes?

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação PokerStars
Daniel Negreanu
Daniel Negreanu

Acho que foi a época que eu mais assisti vídeos de poker na minha vida... Ficava horas e horas vendo todos os episódios de "High Stakes Poker" e "Poker After Dark", onde os maiores jogadores do mundo se enfrentavam em disputas de Cash Game. E já escrevi várias vezes que meu livro de poker preferido é "The Professor, The Banker and The Suicide King", que narra as histórias do jogo mais caro que já aconteceu em Las Vegas.

Ontem, Daniel Negreanu publicou em seu blog um post contando que jogou em uma mesa de Mixed Games no Bobby's Room do Bellagio com os blinds em US$ 1.500 / US$ 3.000. Eram oito mãos de cada uma de onze modalidades (Limit Hold'em, Omaha 8, Razz, Stud, Stud 8, 2-7 Triple Draw, Pot Limit Omaha, No Limit Hold'em, 2-7 No Limit Single Draw, Badugi e 2-7 Razz). 

Além dos valores e da mistura de jogos, o grande atrativo da noite foi a formação da mesa! Além de Negreanu, estavam presentes Phil Ivey, Doyle Brunson, Gus Hansen, Patrik Antonius e Jennifer Harman. 

O velho clichê de "queria ser uma mosca para ver isso de perto" nunca foi tão verdadeiro! Iria me sentir em 2006 novamente, quando as grandes estrelas do poker mudaram a minha vida para sempre...

E parece que a nostalgia vai continuar por mais tempo. Segundo Negreanu, essa mesa já está sendo formada há mais de cinco dias, com os blinds subindo até US$ 2.000 / US$ 4.000 e cerca de 30 jogadores participando da ação. Tomara que volte para ficar, porque o poker precisa de jogos como esse para continuar sendo sempre atrativo, para quem joga e quem acompanha!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Tellurian", Soen
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O Brasil evoluiu nas mesas de poker. Veja os números!

Sergio Prado
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Carlos Monti (PokerStars)
Bandeira brasileira nas mesas de poker
Bandeira brasileira nas mesas de poker

Já comentei várias vezes aqui no blog que o poker brasileiro evoluiu e hoje está entre os melhores do mundo, seja nas mesas ao vivo quanto no poker online. Nesse post quero colocar alguns números que provam minha afirmação, com dados da participação brasileira na World Series Of Poker, o campeonato mundial da modalidade que tem transmissão exclusiva pelos canais ESPN.

Na edição 2016 da WSOP, o Brasil ficou na sétima colocação em número de premiações, com 177 jogadores terminando em ITM. Na nossa frente, só potências como EUA (11.914), Canadá (721), Reino Unido (550), Alemanha (267), Rússia (212) e França (204). E acabamos deixando para trás Austrália, Áustria, Itália, Irlanda, Israel, Espanha...

Como curiosidade, nossos maiores pontuadores no ano foram Thiago "Decano" Nishijima (6 ITMs), Fernando Brito (5 ITMs), Luiz Duarte (5 ITMs), Bruno Kawauti (5 ITMs), Felipe Mojave (4 ITMs) e Vinícius Moraes (4 ITMs).

O bracelete não veio em 2016... Mas o desempenho geral se manteve consistente e isso é motivo de comemoração. O número de conquistas, se comparado com os anos anteriores, mostra a nossa evolução. Em 2006, fomos o 33º país na lista de premiações, com apenas 1! Em 2007, foram 5 ITMs (16ª colocação). Em 2008, 16 ITMs (13ª colocação). Em 2009, 13 ITMs (16ª colocação).

A curva evolutiva começa a melhorar em 2010, quando conseguimos 50 ITMs e pulamos para a 10ª colocação. De lá para cá, foram 56 ITMs (9ª colocação em 2011), 62 ITMs em 2012 (8ª colocação), 94 ITMs em 2013 (7ª colocação), 97 ITMs em 2014 (7ª colocação) e nossa melhor perfomance, com 183 ITMs (5ª colocação) em 2015.

Essa estabilidade entre os maiores do mundo também acontece no poker online. Não temos uma amostragem completa por causa da ausência dos americanos das mesas virtuais, mas com o Brasil ficando em primeiro no quadro de conquistas no SCOOP 2016 e no MicroMillions 12, duas grandes séries realizadas no PokerStars, fica claro que estamos no caminho certo, dentro da elite do poker mundial!

Muito obrigado Alexandre Venancio e Wagner Oliveira, que tiveram a paciência de compilar dados e a gentileza de me enviar o resultado! Gratidão eterna!

Sérgio Prado
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Dez coisas bacanas sobre o BSOP São Paulo

Sergio Prado
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Luiz Bertazini (BSOP)
Golden Hall - BSOP São Paulo
Golden Hall - BSOP São Paulo

O BSOP São Paulo terminou na terça-feira, e nesses seis dias de poker no WTC Sheraton muitas coisas bacanas aconteceram. Então resolvi listar todas elas!

* A vitória de Rubens Bomtempo no Main Event

Com paciência e serenidade, o mineiro soube superar a adversidade e grandes oponentes como Bruno Kawauti e Thiago Decano, começando a mesa final como short stack e terminando com o troféu de campeão.

* A segunda vez de Janna Estrozi

Depois da sexta colocação no Main Event do BSOP Rio Quente, a goiana ficou com a terceira colocação no evento principal, fazendo duas mesas finais praticamente consecutivas e se firmando no cenário do poker brasileiro.

* Três titulos para Rodrigo Caprioli

Dono de um dos maiores currículos do poker nacional, ele conseguiu seu terceiro troféu na temporada, além de chegar em outras cinco mesas finais em 2016.

* A incrível vitória de Marcos Sketch

Chegando no dia final do Main Event Light com 4.000 fichas, valor suficiente para pagar apenas um ante, o carioca conseguiu um milagre e reverteu a situação para ficar com o título.

* A primeira conquista de Fernando "Xuxa" Scherer

Quem acompanha o circuito paulista já sabia da dedicação e do talento do medalhista olímpico... Com um troféu do campeonato brasileiro de poker nas mãos, agora ele vai ser respeitado nacionalmente.

* Gleidibe Brito brilha novamente em São Paulo

Carismático e divertido, o amazonense agora também vai ser levado a sério por seus adversários. Depois de fazer a mesa final do BSOP Millions 2014, ele conseguiu bater o field complicado do evento High Roller.

* A consagração de Rafael Moraes

Depois de disputar os torneios mais caros do mundo, o paulista conseguiu brilhar também no torneio mais caro do campeonato brasileiro, se mostrando um verdadeiro especialista nas disputas de High Roller.

* Santa Catarina

Além da sensacional vitória no Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes, Affif Prado e Rodrigo Garrido também conseguiram troféus, que mostram a força do poker no estado.

* Ranking BSOP

Com a vitória de Rodrigo Caprioli e as grandes pontuações de Gustavo Kamei e Fernando "Groww" Garcia, a briga pelo título de campeão vai ficar ainda mais disputada.

* Golden Hall

O gigantesco salão sediou uma etapa regular pela primeira vez na história, e mostrou que é disparado o melhor palco para a realização de torneios de poker no país.

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Black Rose", Thin Lizzy
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Mais uma polêmica envolvendo Phil Hellmuth na World Series Of Poker

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação
Phil Hellmuth
Phil Hellmuth

Mesmo sem estar nas mesas durante a reta final do Main Event da World Series Of Poker, Phil Hellmuth não fica longe da polêmica... 

Nessa madrugada, quando os 27 finalistas do evento principal foram definidos, o falastrão Hellmuth anunciou oficialmente em sua conta no Twitter que vai treinar o americano Jared Bleznick durante a disputa do Dia 7 do torneio, que acontece hoje em Las Vegas.

Até aí, nenhum problema. Hellmuth já foi o mentor de outros jogadores durante o Main Event da WSOP em edições passadas e essa é uma prática muito comum no torneio. A grande polêmica nesse caso tem relação com o passado recente de seu pupilo nas mesas de poker. Três anos atrás, Bleznick foi acusado de ter contas variadas em um mesmo site de poker online, uma prática que além de anti-ética, fere violentamente os termos e condições do PokerStars e do Full Tilt Poker. Claro que com isso a imagem dele nas mesas não ficou muito boa...

E para completar, no começo da World Series Of Poker 2016, Bleznick foi banido por tempo indeterminado das mesas do campeonato mundial, virando pessoa "non grata" no principal torneio de poker do mundo. A suspensão aconteceu depois que ele perdeu uma mão decisiva em um torneio de Deuce to Seven e acabou amassando e jogando com raiva suas cartas na mesa.

O leitor esperto pergunta: "se ele foi suspenso para sempre da WSOP, como está jogando a reta final do Main Event"?

A resposta: graças a ajuda de Phil Hellmuth! Abusando de sua influência como um dos nomes mais conhecidos do poker, Hellmuth conseguiu que Jack Effel, o diretor de torneios da WSOP, voltasse atrás em sua decisão, liberando a participação de Bleznick.

A história toda não agradou nem um pouco os colegas de profissão, que já começaram a se manifestar nas redes sociais criticando a decisão de Hellmuth. E claro, eles tem toda a razão! Hellmuth é um grande jogador, mas dar assistência para alguém que feriu gravemente o código de ética do esporte em várias ocasiões não ajuda a melhorar sua imagem desgastada.

Mais uma bola fora, "Poker Brat"!

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "The Crux of the Biscuit", Frank Zappa
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Fedor Holz aposentado do poker no auge, com apenas 22 anos... Será?

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Divulgação WSOP
Fedor Holz
Fedor Holz

Por duas vezes o jovem alemão Fedor Holz surpreendeu o mundo do poker nessa semana. Primeiro, quando ficou com o título do High Roller For One Drop, o torneio mais caro da World Series Of Poker com US$ 111.111,00 de buy-in. E depois quando declarou na cerimônia de entrega de seu bracelete dourado que vai abandonar a carreira de profissional de poker.

Nos últimos catorze meses, Holz foi o grande destaque do poker mundial. Nesse período ele conquistou mais de dezoito milhões de dólares em premiação. Só nesse verão de Las Vegas foram quatro títulos e quase dez milhões de dólares, além de garantir um lugar entre os dez jogadores mais premiados da história do poker. E essa fortuna parece que está ajudando o jovem de 22 anos a tomar uma decisão surpreendente no auge da carreira.

"Eu não vou continuar jogando como profissional de poker", disse Holz. "Quero experimentar coisas diferentes, e acho que viajar vai me ajudar a fazer isso. Eu dependo muito de ter um tempo para mim mesmo, recarregar as baterias. Eu jogo 2.000 a 3.000 horas de poker por ano, jogando, dando treinamentos... Aproveito e gosto de umas 400 dessas horas, o resto é como um trabalho normal. Agora tenho a liberdade para poder jogar apenas essas 400 horas, e aí vai virar um hobby".

Holz não é o primeiro caso de aposentadoria precoce no esporte. Os campeões mundiais Peter Eastgate e Pius Heinz também abandonaram as mesas depois de conquistar o maior título de suas carreiras, ainda bem jovens. Mike "Timex" McDonald e Shaun Deeb tentaram, mas não conseguiram. No Brasil, Rafael Caiaffa também resolveu abandonar o poker profissional depois de ter sido campeão brasileiro de Omaha no ano passado. Exemplos que mostram como a carreira profissional de jogador de poker é muito mais complicada do que a maioria imagina...

Não acho que Fedor Holz vai abandonar totalmente os torneios. Acredito até que para o grande público, sua "aposentadoria" vai ser imperceptível. Ele deve continuar disputando os grandes torneios High Roller ao redor do mundo, mas a parte mais "burocrática" do poker pode mesmo virar coisa do passado. E isso vai ser positivo para o alemão, que vai ter um belo bankroll e a tranquilidade desejada para continuar conseguindo resultados incríveis nas mesas!

Sérgio Prado
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Roberly Felício e o outro lado da World Series Of Poker

Sergio Prado
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Carlos Monti (PokerStars)
Roberly Felício
Roberly Felício

A World Series Of Poker é o sonho de qualquer jogador de poker, seja ele profissional ou amador. No campeonato mundial de poker existem 69 eventos que distribuem os famosos braceletes. Essa glória dourada é o objetivo principal, mas nem só desses torneios vive a WSOP...

Quatro torneios Deep Stack diários, com buy-ins de US$ 135, US$ 185, US$ 235 e US$ 365 estão sendo organizados durante cinquenta dias, totalizando 200 oportunidades para outros jogadores. Os inscritos nesses eventos são novos profissionais buscando aliviar o valor total gasto com inscrições ao longo da série, e também jogadores amadores que querem sentir com mais cautela a experiência oferecida pela WSOP em torneios de valor mais baixo.

Longe do foco principal, os Deep Stacks acabam não aparecendo muito na mídia. Mas eles são muito importantes na estrutura do campeonato mundial, pois ajudam a fomentar os outros torneios e criam chances para um número gigantesco de jogadores. Uma grande jogada da World Series Of Poker. E claro, os brasileiros estão nessa...

Roberly Felício tem 46 anos, é empresário bem sucedido e tem objetivos diferentes no poker. "Não tenho pretensão e tempo para me tornar um profissional", disse Roberly. "Mas amo o esporte, minha vida é estudar e ler sobre poker. Quero sempre essa adrenalina da competição".

Nesse final de semana, Roberly conseguiu outro grande resultado na carreira, depois da 5ª colocação no LAPT Chile 2016. Entre os 672 inscritos no Evento #259 (US$ 235 No Limit Hold'em), ele ficou com a sétima colocação e colocou o Brasil em mais uma mesa final em Las Vegas.

"Agora posso focar nos eventos principais até o Main Event", enfatizou Roberly. Ele soube aproveitar o outro lado dos torneios da série mundial, deixando a vaidade de lado e dando passos mais certeiros e bem planejados em direção ao título em um evento que distribui o bracelete dourado. Uma estratégia inteligente, de quem sabe o que faz dentro e fora das mesas.

Esse é um belo exemplo para quem está começando a disputar grandes eventos na carreira e precisa aprender a se planejar. Quem sabe no ano que vem existam mais jogadores como o Roberly na esquadra brasileira em Las Vegas? Tomara que sim...

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Signify", Porcupine Tree
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Será que para vencer no poker, primeiro você precisa aprender a perder?

Sergio Prado
Sérgio Prado - blogueiro do ESPN.com.br
Neil Stoddart (PokerStars)
Vanessa Selbst
Vanessa Selbst

Nesses tempos onde a internet e as livrarias estão infestadas pela "auto-ajuda", que só propaga mensagens de pensamento positivo e de auto afirmação, encontrei um oásis de inteligência no texto que a Vanessa Selbst escreveu para o site da Forbes, em uma série chamada "Mentoring Moment"...

No artigo ela fala do problema da autoconfiança inerente aos jogadores profissionais de poker, que entram em todos os torneios achando que vão sair com a vitória. Esse pensamento é comum, fruto dessa mentalidade vigente nos dias de hoje, de sempre buscar o topo e as coisas positivas. Mas a grande sacada do texto é que ela afirma que hoje em dia não entra nas disputas achando que vai ganhar algum torneio. Na verdade, ela já se prepara para não ganhar nenhum!

Esse trecho é bem interessante: "Meu amigo Rob é um dos principais jogadores de poker do mundo. Rob entra em todos os torneios que disputa achando que vai ganhar tudo. Sem nenhuma surpresa, Rob não vence todos os eventos que disputa. Ele ganha mais que a maioria dos jogadores, mas mesmo assim ainda perde mais de 95% das vezes. Ele se destrói quando perde. Ele se torna rabugento e depressivo. O fracasso de Rob consume ele por completo".

Vanessa Selbst mudou seu pensamento, depois de ter um comportamento parecido com esse. No poker, as derrotas vão acontecer mais de 95% das vezes... E porque não aceitar isso? Foi o que ela fez, e agora entra no torneio sem criar expectativas. Isso não é falta de confiança, é aceitar a realidade e encarar os fatos. Ela aprendeu a não levar as derrotas para frente, entendendo como conviver com elas.

Como exemplo, ela fala que chegou na 26ª colocação no PokerStars European Poker Tour Grand Final em Monte Carlo, recebendo € 26.850. Ela superou 1.072 jogadores e se tivesse batido mais 25 teria recebido € 961.800. Segundo ela, a "velha" Vanessa teria ficado acabada. Mas superar 98% da concorrência tem que ser encarado como sucesso, como ir além da expectativa. Esqueça o que poderia ter sido, e comemore o que foi alcançado!

A ideia pode parecer extremamente racional. Mas faz todo sentido quando você pensa na parte psicológica do poker, que é enorme. O jogador tem que lembrar que existem dias ruins nas mesas, e que existe a pequena parcela de sorte envolvida no esporte. Tem que tentar controlar a ansiedade e aprender a lidar melhor com as decepções. Que na maioria das vezes, nem devem ser encaradas como tal!

Pense nisso e procure mudar seu pensamento. Para a Vanessa Selbst está dando certo! Exceto nas apostas paralelas, mas isso é outra história...

Sérgio Prado
Trilha Sonora do dia: "Modern Primitive", Steve Vai
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