VAR vendo Palmeiras e Flamengo na Libertadores
Falta apenas um jogo para encerrar as oitavas de final da Libertadores, Libertad x Grêmio.
Nos jogos de volta que envolveram as equipes brasileiras, Palmeiras x Godoy Cruz e Flamengo x Emelec, a arbitragem novamente teve seu destaque.
O primeiro gol do Palmeiras saiu de um tiro penal marcado depois do árbitro uruguaio Esteban Ostojich ser chamado pelo VAR para analisar o lance no vídeo. Não, não vi infração no lance, não vejo que o toque no braço seja para a marcação de pênalti - o jogador do Godói Cruz tem um movimento biomecânico natural, não amplia o espaço corporal, não faz uma ação deliberada, não assumiu o risco. Não vejo aspectos para que o toque no braço do zagueiro seja uma infração à regra do jogo. Para mim o VAR não precisaria chamar, mas já que o árbitro foi ver deveria ter optado pela não marcação.
Por coincidência ou não, o primeiro gol do Maracanã também saiu de uma penalidade máxima assinalada pelo argentino Néstor Pitana. Podemos dizer que cabem interpretações sim, mas na minha visão o jogador do Flamengo vai projetando o corpo para a queda antes do contato, ou seja, ele vai caindo antes do contato com o zagueiro, de repente até por perceber um outro defensor na cobertura e a possibilidade de perder a bola.
Acrescento ainda que depois de estudar lances no curso da Fifa há exatamente um mês, a intensidade do contato tem que ser algo realmente significativo para que o árbitro assinale uma infração, pelos exemplos que tive nas aulas o contato não seria faltoso. Ou seja, eu não marcaria o pênalti dado, penso que o VAR poderia ter indicado revisão, como a comunicação não é aberta não sabemos se o fez ou não.
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Porém, em outro lance na área, o atacante Gabriel caiu e fez insistentemente o sinal pedindo VAR, o que segundo a regra é passível de cartão amarelo não aplicado pelo árbitro, no lance o zagueiro dá um carrinho tentando impedir o cruzamento e seu braço atinge a perna do atacante do Flamengo. A imagem não deixou claro se o contato ocorreu dentro ou fora do campo, mas a bola estava em jogo.
A regra diz que se a infração ocorrer fora do campo, mas com a bola em jogo o árbitro pode tomar uma decisão técnica e também disciplinar, se for o caso. Ou seja, mesmo que o contato do braço com a perna do jogador tenha ocorrido fora de campo, como a bola estava em jogo uma infração poderia ser marcada se o árbitro entendesse assim.
Neste lance também acredito que o VAR deveria ter chamado o árbitro para revisão, pois para mim essa sim poderia ser uma infração. Alguns podem questionar que o braço foi consequência do carrinho e não derrubou o atacante por querer, mas sem querer também é falta se ocorrer uma infração à regra.
O VAR algumas vezes vê pouco, outras muito e outras na medida certa. VAR seguirá, vamos acompanhar essa ferramenta que veio para ajudar e precisa de pessoas capacitadas para ser manuseado.
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