Como 'Simeone', Tite é nota 10; o problema é que o Brasil sonhava que ele seria 'Guardiola'
Admito. Não tenho problema nenhum em gostar de times que fazem da marcação uma questão de vida ou morte. Mas sei que isso é uma exceção cada vez mais rara. E por isso dá para mensurar o tamanho da decepção com o trabalho de Tite na seleção brasileira.
Quando ele foi contratado, em 2016, os brasileiros sonhavam que ele seria uma espécie de "Guardiola" dos trópicos, sentimento que ganhou força depois dos bons resultados e exibições nas eliminatórias.
O país esperava que o técnico gaúcho incorporasse o toque de bola, o jogo bonito e a audácia do catalão. Três anos depois, com uma decepção na Copa da Rússia e o time suando para passar por rivais como Bolívia, Venezuela e Paraguai na Copa América, o que temos é um time que lembra muito mais o treinador de ponta que é a antítese do que é Guardiola.
Quando você escuta que a seleção brasileira dá "sono" e vê que o time não tem imaginação para furar uma retranca, mas tem uma defesa impecável, só dá para comparar o time nacional com o Atlético de Madrid de Diego Simeone.
E caro Tite: não ache que isso, para mim, é uma ofensa. Por laços familiares, sou um torcedor do Atlético e aprendi a adorar o técnico argentino por ter resgatado um time da mediocridade absoluta para ser campeão espanhol e ir à final da Champions duas vezes.
Aliás, você montou uma defesa ainda mais segura que a do Cholo Simeone. Com você no comando, a média de gols sofridos da seleção é de 0,25 por jogo, bem melhor que a média de 0,73 do Atlético na era Simeone.
Seu problema Tite, é que eu não conto nada. E seleção brasileira não é o Atlético de Madrid.
Fonte: Paulo Cobos, blogueiro do ESPN.com.br
Como 'Simeone', Tite é nota 10; o problema é que o Brasil sonhava que ele seria 'Guardiola'
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