A NBA tem trabalhado para aumentar a representatividade feminina na liga
Assim como na NFL, a NBA está trabalhando para que a representatividade feminina na liga aumente, e nessa semana os Celtics anunciaram a contratação de Kara Lawson como técnica assistente, se tornando a primeira mulher da franquia a assumir essa posição.
Antes dela, os Spurs contrataram Becky Hammon em 2014, que foi a primeira mulher assistente em tempo integral. Ano passado os Mavericks contrataram Jenny Boucek e esse mês, os Cavaliers contratram Lindsay Gottlieb. Kristi Toliver trabalhou como assistente de técnico pelo Washington Wizards nessa temporada, e também joga pelo Mystics na NBA, da mesma cidade. Em dezembro, o Indiana Pacers tornou Kelly Krauskopf a primeira mulher a ter o título de assistente de general manager na NBA.
Além delas, em 2018, a NBA promoveu 5 novos juízes, e duas delas eram mulheres: Ashley Moyer-Gleich e Natalie Sago.
Mas, nunca houve uma técnica mulher na NBA.
Diferente da NFL, a NBA possui uma liga profissional apenas de mulheres, a WNBA, e teoricamente seria mais fácil e mais comum encontrar mulheres que praticam e se envolvem profissionalmente com o esporte, porém a quantidade de mulheres assumindo posições técnicas ou de gerência na liga ainda é muito pequena.
Realisticamente, a NBA e o basquete universitário masculino ainda não consideraram, até recentemente, que as mulheres faziam parte do grupo de talentos para treinadores (ou pessoal de front-office no lado profissional), salvo raras exceções. Isso é diferente dos meios de mulheres na faculdade e da WNBA, que sempre procuraram um grupo de talentos de mulheres e homens.
O comissário da NBA, Adam Silver quer mudar essa realidade, principalmente no que se refere a novos juízes, e pretende que haja uma divisão mais equilibrada: metade homens e metade mulheres, pois que entende que não há motivos para essa posição ser predominantemente masculina, visto que não existe nenhum impeditivo físico por exemplo.
“O mesmo para técnicas inclusive, nós temos um programa também. Não há motivos para mulheres não serem técnicas de times de basquete masculino”, disse Silver em maio desse ano, no The Economic Club of Washington, em D.C.
Silver também emitiu um comunicado em Setembro de 2018, em que encoraja fortemente o aumento do número de mulheres em todos os níveis e a melhoria do processo de denúncia de conduta imprópria, depois do escândalo envolvendo o time do Mavericks em acusações de assédio sexual durante 20 anos que após uma investigação independente, foi constatado que a administração do Mavericks era ineficaz, incluindo falta de conformidade e controles internos, e que essas deficiências permitiram o crescimento de um ambiente no qual atos de má conduta e indivíduos que os cometeram puderam florescer.
O dono do time, Mark Cuban, concordou em doar US$ 10 milhões de dólares para "organizações que estão comprometidas em apoiar a liderança e o desenvolvimento de mulheres na indústria do esporte e no combate à violência doméstica" como resultado das investigações da NBA.
O técnico do San Antonio Spurs, Gregg Popovich também apoia a causa, e acredita que existem muitas mulheres como Becky ou Lawson que só precisam ser notadas e receber a oportunidade de pessoas que são sábias e corajosas o suficiente para fazer isso e não apenas sentar no velho paradigma.
Apesar do ceticismo, a NBA está se movendo na direção certa. A contratação de um front office e de um pessoal secundário mais diversificado pode - e esperançosamente irá - produzir uma estrutura de poder diferente e mais equitativa. Então, basquete pode ser basquete, onde as identidades, experiências e conhecimentos de todos são igualmente válidos e validados.
Fonte: Paula Ivoglo
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