Como a ótima primeira rodada do Brasileirão poderia ter sido excepcional
Esperamos que 117 dias de 2019 se passassem para que o Campeonato Brasileiro, a mais importante e melhor competição de futebol do Brasil, finalmente começasse.
E ela começou bem demais.
Ainda que o jogaço entre Grêmio e Santos seja reflexo de como os técnicos dos dois times veem futebol e, portanto, não possa ser considerado um padrão do que veremos neste Brasileirão, foi ótimo poder assistir aos 90 minutos de bola rolando em Porto Alegre para lembrarmos que, sim, também é possível jogarmos grande futebol por aqui.
Mas não foi só isso. Tivemos um Flamengo x Cruzeiro que, ideias de treinadores à parte, contou com ótimos momentos por uma razão bastante simples: ambos os times têm grandes jogadores, como aliás os têm pelo menos sete ou oito elencos que disputam a competição.
Vimos um Palmeiras enfim fazendo valer sua qualidade e pressionando o adversário por 90 minutos atrás de mais gols. Um Athletico outra vez avassalador escancarando de novo o quão eficiente é sua estratégia de preparação. Um Bahia que se impôs contra o sempre eficiente campeão paulista Corinthians.
Houve mais coisa boa não só dentro em campo, com uma média de 3,3 gols em 10 jogos que não tiveram um empate sequer, mas também fora dele.
Segundo informa o jornalista Rodolfo Rodrigues, a média de público desta primeira rodada, com 21.411 torcedores por jogo, é disparada a maior média de uma primeira rodada na história do Brasileirão por pontos corridos: um acréscimo de quase 27% em relação ao recorde anterior, de 16.909 torcedores no ano de 2017.
O dado mostra não apenas como a importância dada ao Campeonato Brasileiro vem crescendo, mas também como o torcedor gradualmente vai compreendendo a importância que têm absolutamente todas as rodadas no formato de disputa por pontos corridos.
Até em relação à arbitragem (e sabemos que neste caso é cedo demais para comemorar) houve melhora na comparação com o cenário desolador que costumamos viver: tivemos que esperar o último jogo da rodada, entre Fluminense e Goiás no Maracanã, para que detratores do VAR (embora o problema por aqui seja sempre a incompetência dos árbitros) pudessem se manifestar com mais ímpeto.
Enfim, os tais 117 dias se passaram e já ficou clara, em apenas 10 jogos, a diferença absurda que existe entre este ótimo Campeonato Brasileiro e os insossos estaduais que ocuparam quase um terço do ano.
Vale destacar, aliás, que dos 9 campeões estaduais que disputam o Brasileiro, nada menos que seis perderam seus jogos, e dos três vitoriosos, Flamengo, Bahia e Athletico, os dois primeiros venceram enfrentando outros campeões de estados.
Seja como for, ainda que tarde demais, o fato é que este início de Brasileirão foi muito bom.
Imagine então como será no dia em que o início da competição coincidir com o início da temporada, sem times em crise, sem técnicos já substituídos, ainda sem pressão e com a abstinência de fim de ano do torcedor podendo ser saciada logo de cara num jogo que vale muito, contra rivais de verdade?
Seria o Brasileirão dos sonhos.
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Fonte: Gian Oddi
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