'Olhar espnW' com Cris Cyborg – e eu de coadjuvante
Na semana passada, fui convidada pela Regiane Wohnrath (produtora incrível aqui da ESPN que trabalha duro para manter tudo o que é relacionado ao espnW em pé - saibam disso) para participar do Olhar espnW com ninguém menos do que ela: a Cris Cyborg, detentora do cinturão peso pena do UFC. Tipo assim, ela me perguntou “se eu toparia” participar. Acho que ela já devia chegar afirmando, porque não haveria como negar.
Eu, ansiosa que sou, só pensei “eu queria dormir e acordar só no dia”. Pensa: era semana de campeonato. Então isso potencializou o meu desespero e ansiedade. Pareceu que a semana demorou bastante para passar. Mas passou, e rolou.
Confesso que fiquei um pouco preocupada. Eu não sou nada ‘manjadora’ de UFC. Não sou capaz de acompanhar tanto soco na cara, chutes, com tanta precisão e velocidade. Confesso, de novo, que quando começa aquela sequência de socos e sangue, eu fecho os olhos. Eu já tentei fazer muay thai e eu amava a parte física. Mas o sparing, gente... às vezes, eu queria faltar à aula para não precisar fazer (mais uma confissão). Meus socos iam em slow motion porque eu tinha desespero de machucar alguém e eu era ninja nas esquivas e na guarda alta, afinal, eu não queria tomar soco, não.
Estudei bastante, mas como a Cris tem jiu-jitsu no sangue também, inevitavelmente tive que falar um pouco desse lado. Ela é faixa marrom da Atos, mesma equipe que treino. Mas hoje em dia, contou que treina no Cobrinha (Alliance) porque é mais perto de onde ela está morando. Identificação instantânea (eu, né, gente. Ela nem sabe que se identificou comigo, talvez. Hahaha).
Fiquei um pouco confusa pensando "que pauta eu faço?", mas aí a Regiane me mandou um "hello, você é convidada e não entrevistadora, vamos te entrevistar! Mas fique a vontade, pode perguntar o que quiser". Não sei se mentalizei um "ufa" ou um "ferrou", mas vambora!
Chegou o dia e eu fui chamada para a maquiagem. A maravilhosa da Lucilia Reis deu um jeitinho na minha face, que fez todo mundo me olhar impressionado: eu não uso um pingo de maquiagem no dia-a-dia. Então, só de fazer uma make simples, já muda tudo (e ela arrasou). Eu adorei, acho que quero trabalhar na televisão, definitivamente, hahaha.
A Cris chegou enquanto eu maquiava e eu nem sabia como reagir. Mas essa coisa de trabalhar na televisão nos acostuma a lidar com gente famosa sem a necessidade de tietar (exceto a foto abaixo rs).
Gente, ela é realmente um mulherão. Alta, com corpão e cabelo colorido! A cara dela no octógono é realmente outra coisa: brava e focada. Mas pessoalmente, embora a gente tenha a impressão de que ela realmente seja brava pelo que vemos nas lutas, ela é um amor. Pessoa incrível, deu atenção para todo mundo, me deixou tocar no cinturão (eu estava com vergonha de pedir, mas né? Oportunidade única) e é um ser humano daquele jeitinho: "gente como a gente".
Eu que adoro falar, não me importei nem um pouco de ser "só" coadjuvante no programa ("só" porque isso já é muita coisa para minha pessoa, rs). Mas a Marcela Rafael me inseriu o tempo todo e, com isso, tive a oportunidade de contar um pouco como comecei no jiu-jitsu, também de responder algumas coisas sobre o esporte não fazer parte da Olimpíada, tema que já abordei aqui no espnW.
Meu maior medo? Falar m#rd@! Porque é minha cara, rs! Mas ainda bem que eu tinha Flávia Delaroli para compartilhar desse momento comigo, que me disse "fique tranquila, eu estou do seu lado, sempre virá uma m#rd@ pior". Que alívio, né? Hahaha.
No geral, posso dizer que o programa foi incrível! Só vai ao ar em outubro. Por enquanto, vocês podem assistir nossa live no Facebook clicando aqui! Se eu fosse vocês eu assistiria para não perder cenas como essa:
Mas o principal não é tirar o sapato e comer pele da unha, mas sim que pudemos conhecer muitas faces da Cyborg.
Ela falou sobre lutar ou não com Amanda Nunes e unificar o cinturão. Falou sobre sua rivalidade com Holly Holm e a treta louca com Angela Magana. Sobre seus treinos diários e sua alimentação absurdamente regrada. Sobre como ela começou no esporte (eu pensava que ela já tinha nascido lutando MMA, mas não). E além das lutas, contou sobre suas visitas ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, onde seu pai está internado e que ela passou a apoiar um projeto incrível para crianças chamado "Erastinho", com a intenção de ter verba para criar um hospital do câncer também para as crianças.
De tudo isso, ao invés de contar sobre a minha experiência (era o que eu ia fazer, hahaha) acabei focando em como foi incrível poder fazer parte desse bate papo com a Cyborg. Ela é realmente uma mulher inspiradora, que foi atrás de seus sonhos e não é à toa que é, hoje, a melhor lutadora de MMA do mundo. E tenho certeza de que se desejar competir Wrestling, Muay Thai ou Jiu-Jitsu (suas especialidades), ela vai se dar tão bem quanto no MMA.
Queria demais ressaltar como é importante corrermos atrás daquilo que desejamos, sem nos importar com críticas, negações, acusações ou falta de apoio. Cris mesmo contou o quanto as pessoas a criticam nas redes sociais, principalmente no que diz respeito ao seu físico, mas são coisas da vida. Hoje em dia, as pessoas usam a internet como uma arma e não sabem simplesmente viver em seu quadrado sem criticar quem está se dando bem na vida. Coisas negativas sempre vão existir, mas se você realmente quer, é muito importante que vá atrás. Somos todas mulherões e todas capazes. YES, WE CAN!
O mundo do MMA cresceu muito com o UFC e, com isso, as artes marciais têm ganhado muitas praticantes. Então, ainda que não da forma que merecemos, estamos conquistando nosso espaço e temos que lutar por isso cada vez mais. Não desista e nem resista!
Em outubro o programa vai ao ar! Continuem nos acompanhando aqui e nas redes sociais que mais pra frente tem chamada ;)
Até lá!
Ah, para acabar: quero deixar um frame com minha primeira participação como entrevistadora num programa de grande alcance na televisão, beijos! Hahahaha
'Olhar espnW' com Cris Cyborg – e eu de coadjuvante
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