Turnê de despedida? Carmelo não merece uma e está colhendo o que plantou na NBA
Aos 35 anos, Carmelo Anthony não desperta interesse de nenhuma franquia da NBA. Talvez alguém no desespero o pegue mais perto da temporada. Mas, apesar de declarações publicadas por seu preparador físico de que ele gostaria de uma turnê de despedida na Liga, como Dwyane Wade teve em 18-19, Carmelo não seria digno de uma.
Dwyane Wade foi um dos maiores jogadores da história. Entre aqueles que atuaram na posição 2 na NBA, você só coloca Michael Jordan e Kobe Bryant acima dele.
E o mais importante: Wade se sacrificou pelo time. E não só nos seus últimos anos de carreira, quando por iniciativa própria se colocou como opção para vir do banco de reservas.
No seu auge, ainda com 28 anos, como ele mesmo disse, no dia em que LeBron James chegou ao Miami Heat, Wade proclamou: “Eu sou o número 2”. Quantos jogadores que tinham já o nível de idolatria que ele tinha em 2010, tendo ganhado um título pelo Heat anos antes, abrira mão desse status para alguém que estava chegando?
Carmelo Anthony não fez isso nem no Oklahoma City Thunder, há dois anos, quando riu ironicamente da mínima possibilidade de sair do banco de reservas.
Particularmente, não acho ele tão “mala” quanto muita gente. Acompanhei de perto o “Dream Team” dos EUA de 2016 na Olimpíada do Rio, cobrindo o basquete na competição. Carmelo era uma referência, que já havia ido aos três Jogos anteriores e conquistado dois ouros, tinha todos os motivos para aos 32 anos querer ficar em casa e fugir do “risco” do Zika que muitos atletas deram como desculpa.
Mas ele veio ao Rio. Não só isso. Foi até a favela visitar a comunidade, fez questão de ver o time feminino dos EUA jogando durante a Olimpíada. Ele tem esse lado de compaixão. Não é à toa que é um dos melhores amigos de LeBron James, Kobe Bryant (que disse que Melo foi seu companheiro mais próximo na seleção dos EUA) e do próprio Wade.
Porém, parece que na NBA faltou em determinado momento essa mesma compaixão, esse mesmo reconhecimento.
Carmelo Anthony nunca sequer disputou uma final. Um “tour” de despedida é para alguém maior do que o status dele, com todo respeito. Foi um grande pontuador, mas poderia ter aberto mão de certas coisas no fim de carreira.
Se esse realmente for o fim, foi um prazer vê-lo jogar. Ele teve grandes momentos, principalmente no New York Knicks, onde carregou um time fraco nas costas. Mas há certas coisas que têm que ser colocadas em seu devido lugar.
Fonte: Gustavo Faldon
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